CONDIÇÕES DO AR
O governo atribui a medida por meio de estudos realizados pela Divisão de Vigilância Ambiental da Secretaria de Estado
O governo do Estado do Acre decretou, nesta terça-feira (19), através do Diário Oficial do Estado (DOE), uma “Situação de Emergência” devido à existência de uma anormalidade em decorrência da superlotação das unidades de saúde estaduais, causada pela baixa qualidade do ar no Estado, em relação as fortes ondas de calor, seca e estiagem.
Conforme o decreto, o governo atribui a medida por meio de estudos realizados pela Divisão de Vigilância Ambiental da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), que definiu como crítica a situação climática do Acre. A Organização Mundial da Saúde (OMS) comunicou que existe uma associação entre a poluição do ar com os problemas respiratórios.
Segundo o texto governamental, a Sesacre deverá coordenar administração específica dos órgãos e entidades responsáveis para o enfrentamento do problema apresentado na região. Quanto aos demais órgão do governo acreano, devem atender, prioritariamente, às demandas da Secretaria de Saúde, ficando autorizadas a dotarem medidas administrativas necessárias para o restabelecimento da situação de normalidade.
Segundo os sensores que monitoram a qualidade do ar no Acre, desenvolvidos pelo projeto em parceria com o Ministério Público do Acre (MPAC), a Universidade Federal do Acre (Ufac) e órgãos de saúde e do meio ambiente do estado, no início do mês de janeiro deste ano, foi identificado um nível de poluição cinco vezes a mais do normal aceito. Em setembro, o Rio Branco expôs um pico de concentração de 83 microgramas por metro cúbico de material particulado.
Em relação às queimadas na região, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), apontou que o estado do Acre registrou 1.470 focos de incêndio nos primeiros 15 dias do mês de setembro.