Em cerimônia nesta segunda-feira (18) na sede do Ministério Público Federal, em Brasília, aconteceu a posse do novo procurador-geral da República, Paulo Gonet. O magistrado, que fazia parte da Corte do Tribunal superior Eleitoral (TSE), foi indicado pelo presidente Lula (PT) para assumir a pasta no lugar de Augusto Aras, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Após assinar sua posse, o novo PGR discursou afirmando que não pretende assumir protagonismo na imprensa em geral. Gonet fez comparações sobre o envolvimento do MPF durante o auge da Operação Lava Jato.
“No nosso agir técnico, não buscamos palco e nem holofote”, declarou o novo PGR. O indicado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o cargo falou no combate à corrupção e às organizações criminosas, mas respeitando os “limites éticos”.
O novo procurador-geral da República assume o cargo após três meses de “vacância” do cargo, pois o PGR anterior, Augusto Aras, deixou a instituição em setembro deste ano. Na ocasião, a subprocuradora Elizeta Ramos assumiu o posto interinamente.
Gonet, foi aprovado com 23 votos a favor na CCJ do Senado federal e 65 votos favoráveis no plenário da Casa Alta, na última quarta (13). O PGR escolheu três nomes para compor sua equipe administrativa.
- o subprocurador Hindemburgo Chateaubriand para o cargo de vice-procurador-geral;
- o procurador Carlos Fernando Mazzoco para o cargo de chefe de gabinete de Gonet; e a
- subprocuradora Eliana Torelly para o comando da secretaria geral da PGR.
Participaram da cerimônia: O presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, o presidente da Câmara, Arthur Lira. Além dos representantes do legislativo e executivo, também marcaram presença pelo judiciário, ministros do STF/TSE e da subprocuradora da república, Elizeta Ramos, que ocupou interinamente o cargo.
Gonet, que fez parte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi o responsável pelo parecer favorável do Ministério Público Federal, para a inelegibilidade do ex-presidente Bolsonaro na ação sobre a reunião entre o chefe do executivo federal e embaixadores, em Brasília. Na ocasião, Bolsonaro criticou o sistema eleitoral brasileiro.