REDUÇÃO

jornada de trabalho de 4 dias semanais é defendida pelo ministro do trabalho

Marinho apresentou a proposta durante uma audiência na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado


O ministro do trabalho e emprego, Luiz Marinho (PT) declarou nesta segunda-feira (9) que é preciso diminuir a jornada semanal de trabalho de 5 para 4 dias. Segundo o Marinho, a economia brasileira tem condições de suportar a nova medida, e debates sobre o assunto devem ser realizados em todos os setores da sociedade.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Marinho apresentou a proposta durante uma audiência na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado. O ministro afirmou que essa é uma opinião, e que a propositura ainda não foi apresentada ao presidente Lula (PT).

“Eu acredito que passou da hora de discutir. Não tratei disso com o presidente Lula. É a minha opinião, não do governo. Mas tenho certeza de que o presidente Lula não iria bloquear um debate, em que a sociedade reivindique que o Congresso analise a possibilidade de redução da jornada de trabalho. Sem redução dos salários, evidentemente. Eu acho que a economia brasileira suportaria”, declarou.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos, em maio deste ano, com dados adquiridos da pesquisa Global Advidor, realizada em 36 países, assinalou que 34% dos trabalhadores brasileiros confiam que as empresas do país possam aceitar uma jornada semanal de trabalho de quatro dias em 2023. A pesquisa apontou que o índice no Brasil ficou perto da média mundial, que equivale a 37%.

Já pelo mundo, a pesquisa afirmou que no Emirados Árabes Unidos, o índice de trabalhadores que acreditam na redução da jornada de trabalho, está na casa dos 68%. A Índia vem em seguida com 63%, Indonésia vem com 54%. Sobre os países que menos esperam a adesão das empresas na jornada de trabalho de 4 dias estão o Japão (15%), Suécia (22%), e a Argentina com (22%).

As informações da pesquisa global, sugerem que, apesar do debate brando sobre a redução da jornada de trabalho, a ideia está longe de um acordo na maioria dos países. A pesquisa afirma que a margem de erro no Brasil, está em 3,5% para mais ou para menos.