Durante a conferência nacional do Partido da Causa Operária (PCO), foi veiculado um vídeo do chefe de relações políticas e internacionais do grupo terrorista do Hamas, Basem Naim, onde o mesmo agradece o apoio do presidente Lula (PT) na defesa da causa Palestina contra o Estado de Israel, que está em guerra com o grupo terrorista palestino.
Na ocasião, Basem fala da amizade e da coragem do petista em defender os interesses dos palestinos.
“Hoje, estou falando para a audiência dessa conferência em um dos maiores Estados, de um dos maiores países do mundo, uma nação em ascensão, o Brasil, que é um país amigo dos palestinos, apoiador da causa Palestina. Estamos muito honrados por todas as declarações recentes dos funcionários do governo, particularmente as declarações do presidente Lula sobre seu compromisso e sua postura corajosa de apoiar a causa Palestina e, especificamente, exigir um cessar-fogo para parar essa agressão contra nosso povo”, afirmou.
Basem ratificou em sua fala que o governo brasileiro em 2010 (durante a gestão petista) foi o primeiro país a reconhecer a criação de um Estado Palestino. Para o chefe de relações políticas e internacionais do Hamas, “é preciso deixar para trás o pensamento de ser pequeno e almejar ser grande perante o mundo e ressaltou que os acontecimentos na Faixa de Gaza, não são encontrados em nenhum fato histórico, apenas nas ações do nazista Adolf Hitler quando decidiu matar os judeus”.
Contudo, o presidente Lula declarou nessa segunda-feira (4), em discurso na abertura da 4ª Conferência Nacional de Cultura, realizado em Brasília, que está sendo muito criticado pelas suas falas proferidas em fevereiro deste ano, quando comparou as ações de Israel com o nazismo. O comunista afirma que “o tempo irá mostrar que ele está certo”.
“Há 20 dias, como eu apanhei pelo que falei da Palestina. Vocês estão lembrados. Como ‘eu sou um cara católico e creio em Deus’, eu acho que Deus escreve certo por linhas tortas. Com o tempo, a gente vai provar que eu estava certo”, disse.
Durante o evento, o petista posou para fotos segurando a bandeira da Palestina e afirmou que os palestinos têm o direito de possuírem seu próprio Estado.
“O povo palestino tem o direito de viver, de criar o seu país. Você não pode fazer o que foi feito: anunciar comida e mandar torpedo, mandar bala e morte para aquelas pessoas. Até quando a gente vai ter medo? Até quando a gente vai se curvar?”, declarou.
Entenda o caso
O agradecimento do chefe das relações exteriores do Hamas corresponde às declarações do presidente Lula (PT), em fevereiro deste ano, na Etiópia, onde o petista comparou a ação militar de Israel na Faixa de Gaza com a atuação do governo nazista de Adolf Hitler contra os judeus (holocausto).
Na ocasião, o governo israelense respondeu ao presidente do Brasil através do ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, o qual exigiu que o petista pedisse desculpas pela afirmação.
Com a negativa ao pedido de desculpas, o governo israelense tornou o petista “persona non grata” em seu país. “Não perdoaremos e não esqueceremos –em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel, informei ao presidente Lula que ele é uma personalidade indesejável em Israel até que ele peça desculpas e se retrate de suas palavras”, declarou o chanceler.