Reintegração de posse na “Terra Prometida” avança e vice-prefeita incita população contra Polícia Militar


MORADIA

Marfisa Galvão teve que ser convidada, pela Polícia Militar, a sair do local

Após três dias de intensos de reintegração de posse na invasão conhecida como “Terra Prometida”, no bairro Irineu Serra, em Rio Branco, o balanço atual, em números, é de: 3 dias de trabalhos; 104 casas demolidas; 97 famílias amparadas pelo Aluguel Social do governo do Estado; e 5 pessoas presas pela polícia militar.

No local, onde já moravam mais de 300 famílias, o clima está acirrado. Na quarta-feira (17), a vice-prefeita de Rio Branco, Marfisa Galvão, foi ao local, segundo ela, a pedido de alguns moradores, e acabou se envolvendo em uma confusão, tendo que ser convidada, pela Polícia Militar, a sair do local.

Um vídeo flagrou a vice-prefeita sentada no chão, descumprindo o convite para cessar a confusão e foi acusada por um policial de incitar o povo contra a PM e os oficiais de justiça presentes na invasão. “A vice-prefeita aqui no local incitando o povo contra a Polícia Militar. Veio cedo para cá, o serviço estava normal e ela incitando a população contra a PM”, afirma um policial.

Assistência do Governo

O Governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos (Seasd), tem disponibilizado apoio logístico para o transporte das pessoas, assim como dos bens para o novo lugar de moradia. O benefício do aluguel social também está sendo oferecido no local por uma equipe composta por dez assistentes sociais e um psicólogo. Até o momento, 87 famílias aceitaram a proposta do governo.

O Estado colocou ainda, à disposição, o Parque de Exposições Wildy Viana, no Segundo Distrito da capital, para receber temporariamente as pessoas que não têm para onde ir. O governo se comprometeu com a oferta de serviços básicos, além do armazenamento e segurança dos pertences das famílias até que sejam inseridas no Programa Bolsa Moradia Transitória.

“Estamos todos mobilizados para prestar uma assistência digna a estas famílias que se encontram nesta situação de vulnerabilidade. O governo não deixará as pessoas desamparadas”, afirmou o titular da Seasd, Alex Carvalho.