O atleta acreano de fisiculturismo Ramon Dino, 28 anos, que ficou em segundo lugar no início de novembro nos EUA no concurso Mr. Olympia – considerado como uma copa do mundo do bodybuilding concedeu uma entrevista ao jornal Folha de São Paulo onde falou sobre temas delicados no mundo dos esportes, como o uso de anabolizantes e de ser referência para jovens que pretendem ingressar no esporte.
Ídolo no fisiculturismo, Dino conversou com o jornal paulista e em um tom animado comentou sobre o fenômeno do meme “fake natty”, criado em tom de brincadeira pelo youtuber Rodrigo Góes para descrever o atleta que se dispõe da utilização de esteroides. Ramon declarou que a base do esporte é o treino, porém não de desviou de responder os questionamentos. “Infelizmente, a gente tem que fazer uso dos anabolizantes. Todo atleta, para chegar naquela performance, tem que ter o uso do anabolizante como ajuda”, afirma.
Ramon também enfatizou que é preciso também ter mais segurança aos iniciantes no esporte. “A gente sempre usa ali conforme a nossa prescrição médica, acompanhamento médico. Então, a gente anda bastante na linha, porque, querendo ou não, mexe com a nossa vida.”
Acreano da capital Rio Branco, o atleta abraçou o apelido de “Dino” em referência a uma brincadeira sobre suas origens, entretanto o fisiculturista utiliza o codinome como uma bandeira de orgulho. “O Acre é totalmente o que eu demonstro ser”, disse.
A história de Ramon no Mr. Olympia começou em 2021 quando conquistou o quinto lugar na competição internacional, e o brasileiro já alcançou seguidamente o vice-campeonato do certame em (2022/23). Nesse ano, o primeiro lugar ficou com o canadense Chris Bumstead, que foi quatro vezes seguidas vencedor do Mr. Olympia.
“Sentimos que a gente botou uma pressão e que quase pegamos, mas não foi esse ano. Mas, no próximo ano, a gente vê que consegue tirar de letra esse título.”
O que é anabolizante
Esses medicamentos são derivados do hormônio masculino testosterona. No geral, são receitados em casos de deficiência hormonal. Seu uso sem controle pode levar a alterações no sangue e resultar em diversos problemas de saúde.
Reportagem completa na Folha de São Paulo