Devido aos problemas causados pela seca de 2023 e à possibilidade de repetição dos eventos climáticos nesse ano, O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, decretou nesta sexta-feira (28) situação de emergência no município para combater a mazela que atinge a região. O decreto será publicado no Diário Oficial do Estado, nesta segunda-feira (01/07).
A determinação foi baseada em parecer técnico e estudos da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil, que atestaram a gravidade da falta de água no Estado. Ao todo, a estiagem deste ano está afetando 73 localidades rurais e alguns bairros na zona urbana da capital. Com a medida, a prefeitura está distribuindo água potável para a população de 31 localidades rurais e energizando o trabalho de captação e tratamento de água na zona urbana de Rio Branco.
Conforme a Defesa Civil de Rio Branco, o Rio Acre atingiu a marca de 1,78 metros, sendo a menor medição dos últimos anos para o período analisado.
“Esse decreto significa dizer que a gente procura facilitar para que as secretarias possam realizar suas ações, fazer suas compras emergenciais, para não arriscar ficar atrasando o trabalho e prejudicar a população. Então, quando você faz um decreto desse e tem o reconhecimento nacional, nos dá a legalidade de a gente fazer licitações rápidas, apenas cotações, e já fazer com que ação aconteça, porque num momento de emergência desse não dá para esperar a burocracia de uma licitação normal”, disse Bocalom.
A Prefeitura de Rio Branco também anunciou o lançamento da “Operação Estiagem” deste ano, que pretende criar ações ordenadas para suavizar os impulsos da seca, além de garantir o abastecimento de água para a cidade.
“Nesse momento, nós estamos fazendo o lançamento oficial da operação de estiagem, ela já começou há 15 dias. Essa operação de estiagem, normalmente, tinha uma duração de três meses, nós fomos ampliando e agora nós vamos até dezembro. Da mesma maneira que começava em agosto e agora nós estamos começando em junho”, disse o diretor de administração em desastres, tenente-coronel Cláudio Falcão.
O tenente-coronel ressaltou também a gravidade do evento climático na região Amazônica, que possui 62% de toda a água do país. Segundo o gestor, “foi a região que mais perdeu água nos últimos anos desde 2010. Isso requer ações enérgicas e emergenciais da prefeitura para poder levar esse socorro e minimizar os impactos da seca”, afirmou o diretor.