Em entrevista coletiva concedida nesta terça-feira (19), O delegado da Polícia Civil, Pedro Paulo Buzolin, responsável pela Operação Jackport deflagrada pela corporação nessa segunda-feira (18), revelou à imprensa detalhes do caso.
Segundo as investigações da Polícia Civil do Acre, os influenciadores digitais inquiridos na Operação recebiam valores descomedidos de até meio milhão de reais para divulgar jogos de azar e a realização de rifas ilegais.
Segundo Pedro, a quantidade de seguidores tinha um papel importante na arrecadação financeira por parte dos influenciadores envolvidos.
“A conduta que foi investigada pela Polícia Civil a partir de uma requisição do Ministério Público era a promoção de jogos de azar e a realização de rifas e agora nós iremos iniciar outras diligências visando também identificar possíveis crimes tributários, bem como crime de lavar de dinheiro. Quanto maior o número de seguidores, maior a chance da pessoa arrecadar dinheiro com a prática desses delitos que foram investigados. A gente ainda não cogita a realização de prisões”, afirmou o delegado.
Operação Jackport
A polícia Civil do Acre cumpriu 17 mandados de busca e apreensão em várias cidades do Acre, (Brasiléia, Xapuri, Senador Guiomard e Tarauacá), e na capital Rio Branco contra a divulgação de jogos de azar on-line. Jogos como o “Fortune Tiger”, conhecido como “jogo do tigrinho”, foram um dos canais usados para a prática ilegal na região. Os influenciadores de Rio Branco foram alvos da operação.
O resultado da operação foi a apreensão de 13 celulares, sendo quatro desses aparelhos estavam lacrados, além de dois veículos que podem ter sido comprados com o dinheiro oriundo desses jogos ilegais.
A operação foi realizada após criação de procedimento pelo Ministério Público do Acre (MP-AC) solicitando abertura de inquérito policial para averiguar a divulgação e o financiamento desses jogos de azar.
O MP-AC solicitou à polícia civil acreana a identificação de casos de acreanos que tenham sofrido prejuízos por conta do jogo ilegal (jogo do tigrinho). Na ocasião, o promotor de justiça, Dayan Moreira Albuquerque, da 1ª Promotoria de Justiça Especializada de Defesa do Consumidor, queria saber se influenciadores digitais do Acre estariam envolvidos na divulgação dessas plataformas.