FIM DA CASSADA

Foragidos da penitenciária federal de Mossoró, são presos no Pará

Os detentos, que estavam em fuga há 50 dias, foram presos por meio de operação em conjunto entre as polícias federal e rodoviária no município de Marabá-PA


Os fugitivos da penitenciária de segurança máxima de Mossoró–RN, Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento foram presos por meio de uma operação em conjunto entre a Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal, nesta quinta-feira (4) no município de Marabá–PA, encerrando uma caçada de 50 dias pelas forças de segurança do país. A informação foi divulgada com exclusividade pelo canal de TV a cabo, Globonews.

Foto: Reprodução

O detento recapturado Rogério da Silva Mendonça está envolvido em mais de 50 inquéritos judiciais, acusado de roubo, assalto e homicídio. Ao todo, as sentenças somadas equivalem a mais de 74 anos de prisão.

Já Deibson Cabral Nascimento é acusado em 30 processos, sendo eles roubo, associação criminosa e tráfico de drogas. Somando todas as condenações, Deibson deverá cumprir 81 anos de reclusão.

A Corregedoria-Geral da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), submetida ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, apresentou um relatório na última terça-feira (2), onde a conclusão da investigação interna não assinala indícios de corrupção dos funcionários do presídio onde ocorreu a fuga.

Entretanto, o documento oficial aponta falhas nos procedimentos de segurança da instituição federal, e 10 funcionários devem responder processos administrativos.

Entenda o caso

Os detentos acreanos que estavam cumprindo pena na penitenciária federal de segurança máxima, localizada no município de Mossoró, interior do Rio Grande do Norte-RN, fugiram da localidade no dia 14 de fevereiro deste ano, sendo a primeira fuga registada na história do sistema prisional federal do país.

Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, os detentos são membros do Comando Vermelho, uma facção criminosa que atua em quase todo o Brasil, tendo base de operação no Acre.

Conforme o MJ, os criminosos utilizaram barras de ferro para criar um buraco na parede da cela onde estavam presos, o que proporcionou a fuga dos mesmos do complexo penal. Embora a localidade seja considerada de segurança máxima (possibilidade remota de fuga), a operação não foi detectada pela carceragem da prisão.