MEMÓRIA

Casa onde viveu e morreu Chico Mendes é reaberta ao público nesta sexta (10)

O evento foi realizado pela prefeitura do município em parceria com a família de Chico Mendes e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)


Após cinco anos fechada, foi reaberta, nesta sexta-feira (10), no município de Xapuri, interior do Acre, a Casa do líder seringueiro Chico Mendes, onde viveu e foi assassinado em 1988 por lutar pelos direitos das famílias extrativistas da região e também por defender a floresta amazônica.

O evento foi realizado pela prefeitura do município em parceria com a família de Chico Mendes e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Após quase cinco anos fechada, a Casa do líder seringueiro está disponível para a apreciação dos turistas que visitam a região. As visitas guiadas, acontecem de quarta a domingo, de 8h às 12h, com pausa no horário de almoço, retornando das 14h às 17h.

A casa de Chico Mendes é um dos principais pontos turísticos do Acre e da cidade de Xapuri. A construção de madeira é o único patrimônio cultural do Acre, tombado pelo Iphan, desde 2007. A residência que sofreu com as recentes inundações que castigaram o Estado havia passado por uma restauração há sete anos (2016).

A obra de revitalização da casa teve o investimento de R$ 92 mil, assim como o trabalho de conservação dos móveis originais do local. O acervo é repleto de objetos associados ao ofício do trabalhador amazônico nos seringais da floresta. A casa possui apenas quatro cômodos: sala, cozinha e dois quartos, e sua arquitetura é baseada nos modelos tradicionais da região (formato de chalé).

Conforme a diretora de turismo do município, Iwlly Cavalcante, “felicidade” é a palavra que define a reabertura da localidade, trazendo consigo, a cultura e a história viva da região para sociedade.

“Para nós, aqui da gestão do município, é muito importante esse momento de reabertura, pois Xapuri é muito visitada por ter a luta do Chico Mendes presente, e também pela reserva Chico Mendes. Esse conceito começou através da luta dos seringueiros e extrativistas. Os trabalhos começaram há alguns meses para a gente conseguir com que esse símbolo histórico fique aberto”, afirmou.