POVOS ORIGINÁRIOS

Em Brasília, líder indígena do Acre toma posse no Conselho Nacional de Política Indigenista

O Conselho voltou às atividades após cinco anos de paralisação, retornando os diálogos entre governo e os povos indígenas brasileiros


Tomou posse na última quarta-feira (17), o novo membro do Conselho Nacional de Política Indigenista (CNPI), Francisco Piyãko, em cerimônia realizada na última quarta-feira (17), durante a 1ª Reunião Ordinária do Conselho, realizada no Palácio da Justiça, em Brasília. Lideranças do Povo Ashaninka, da comunidade Apiwtxa do Acre, participaram do evento promovido pelo Ministério dos Povos Indígenas (MPI).

Foto: Ricardo Stuckert/PR

O Conselho Nacional de Política Indigenista voltou às atividades após cinco anos de paralisação, retornando os diálogos entre governo e os povos indígenas brasileiros. Conforme o decreto presidencial n° 11.509/2023, a instituição é responsável pela elaboração, acompanhamento, monitoramento e deliberação sobre as políticas públicas para os 305 povos indígenas que moram no Brasil.

No dia seguinte, após a cerimônia de posse, o presidente Lula (PT) e as ministras Sonia Guajajara, dos Povos Indígenas, e Marina Silva, do Meio Ambiente, tiveram um encontro com os membros da CNPI. “Esse encontro não é apenas a criação do conselho indigenista desse país. É, definitivamente, a criação de uma Comissão da Verdade entre o governo e os povos indígenas para que a gente possa reparar as injustiças de que vocês foram vítimas durante 500 anos”, afirmou Lula.

Segundo Francisco Piyãko este é um momento muito importante para os povos indígenas: “Essa aproximação e a retomada dessas agendas, que foram maltratadas e abandonadas recentemente, são cruciais. Restabelecer o conselho é essencial para trazer à discussão os problemas enfrentados pelos povos indígenas em todo o Brasil. A nova composição do conselho, que agora inclui representantes de todos os estados, permitirá uma melhor integração das políticas públicas às demandas regionais,” disse Francisco.