O ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, informou nessa segunda-feira (4) uma convocação para que o embaixador de Israel na Organização das Nações Unidas (ONU), Gilad Erdan, retorne ao país para a realização de consultas internas. A decisão ocorreu após a divulgação de um relatório produzido por especialistas da ONU que aponta indícios de crimes sexuais praticados pelo grupo terrorista Hamas nos ataques do dia 7 de outubro no sul de Israel.
A convocação do chanceler israelense se deu após uma publicação de Katz no ‘X’ afirmando que o secretário-geral da ONU, António Guterres, tentou “silenciar” o relatório da própria instituição que cita os crimes hediondos praticados pelo grupo terrorista contra as mulheres de seu país. Na ocasião, Katz acusa Guterres de não convocar uma reunião extraordinária do Conselho de Segurança da ONU, para que os países pudessem discutir o caso e classificar o Hamas como uma “organização terrorista”.
Conforme o documento emitido pela instituição internacional, há motivos “razoáveis” que atestam os crimes de tortura sexual, estupro, e outros tratamentos cruéis e desumanos com as mulheres israelenses no momento da invasão que matou cerca de 1.400 pessoas em outubro de 2023.
O relatório da ONU contém 24 páginas e foi produzido após uma viagem de uma equipe do ‘Pramila Patten’ (representante das Nações Unidas que avaliam crimes de Violência Sexual em Guerras) a Israel e Cisjordânia entre os dias 29 de janeiro e 14 de fevereiro deste ano. Segundo o documento, o Hamas utilizou métodos de torturas sexuais cruéis e degradantes em suas vítimas, como a mutilação genital.