A CPI da ONGs realizou, nesta quinta-feira (19), em Epitaciolândia, interior do Acre, a abertura da 21ª Reunião da Comissão que investiga o trabalho realizado por Organizações não Governamentais na Amazônia brasileira. A reunião foi presidida pelo senador Plínio Valério (PSDB-AM) que também é presidente da CPI.
A ação faz parte da diligência externa que a Comissão está fazendo na região, o presidente da CPI ouviu o depoimento de autoridades e lideranças da Reserva Extrativista Chico Mendes a respeito das ações realizadas pelas ONGs e Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips) na região.
Em seu depoimento, o prefeito Sérgio Lopes declarou não aceitar que esses institutos debatam ou decidam como pode ser utilizada a Reserva Extrativista Chico Mendes sem que a população local seja consultada. Conforme Sérgio, os moradores que estão de “mãos calejadas” costumam ser tratados na região como infratores.“Nós precisamos mudar essa realidade, o morador da Reserva precisa ter direito a trabalhar, a cultivar a terra, a explorar esse pedaço de chão e ter condições de educar bem os seus filhos. Estou há um ano com um pedido junto ao ICMBio e ao Ibama para construir uma escola dentro da Reserva e até hoje sequer obtivemos resposta”, disse Lopes.
A diligência da CPI das ONGs terá continuidade, nesta sexta-feira (20), Assembleia Legislativa do Acre, em rio Branco, capital do Estado. O objetivo é dar continuidade as oitivas com as lideranças locais sobre a interferência das ONGs e Oscips na região, sobre principalmente a obra da BR-364, que liga a capital ao município de Cruzeiro do Sul.